quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Coisa que não sei o nome



Eu costumo passar o tempo observando a formação e o desmanche das nuvens do céu da minha vida. Não sei bem se vida é céu, mas já que nem mesmo o céu está livre de nuvens, deve ser. Ver a vida que não era sua, agora te pertencer é realmente algo bonito de ser observado, tantas coisas se formaram, outras tantas se desmancharam. Ter muitas pessoas dentro significa ter a vida multiplicada e divida por cada uma delas, isso é tão perigoso. Viver é perigoso e não há como se privar disso, sem se privar da vida.

Eu não me poupo, não evito, não desvio. De tantos muros, tantos precipícios, quando eu encontro pista reta, acho estranho. Ou agarro, prendo, firmo em meu corpo como se fosse algo que não pudesse mais fazer parte do universo, já que também não faço. Seja pessoa, chance, dia, vento, presente, palavra; transporto pra alma.

Eu ainda estou preferindo ser desse tipo de pessoa que vê fábula em realidade, beleza em gente, imagens nas nuvens e respostas no céu.

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