segunda-feira, 8 de março de 2010

As águas e os ventos de março.


Acaba o verão, final da euforia. Março é tempo de chuva pra acalmar essa ebulição, chuva lavando e levando, chuvendo por dentro e por fora. Tem cara de início, mas é final, hora da colheita. É o outono te oferecendo seus próprios frutos, coloridos e suculentos ou podres e amassados. Hora da mansidão, afinal estar em março é como estar em casa. Como deitar na cama quente pra pensar sobre todas as ocorrências dos últimos tempos, sobre escolhas. Aí de repente no rádio toca"aonde Deus possa me ouvir de Vander Lee" e parece uma interação(sou incansável na mistificação das coisas naturais).

A realidade grita meu nome, mas eu insisto em ficar dentro do meu momento, por que é março e é meu. E a sensação do momento é: se eu não tiver todos as pessoas, eu estou sozinha. Lê-se "todas as pessoas" os de dentro de mim. E eu sou larga por dentro, em mim cabem multidões... Isso é bom e é ruim. Mesmo que o coração mecanicamente esteja em perfeito funcionamento, graças a minha capacidade de acreditar no invisível e obter respostas palpáveis e reais, ele precisa de uma manutenção constante, porque funciona demais... chega. Vou fazer jus a estação e seu equilíbrio onde os dias e as noites são iguais, assim é março, é o outono e é a vida: os dias e as noites tem a mesma duração.

Um comentário:

Binha disse...

Em Março, cada dia chove um pedaço.

Em Março, tanto durmo como faço.

;*