sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sobre sonho e sorte


Quero falar de sorte. Tinha eu meus 11 anos, minhas calças largas, meu amor por Backstreet Boys e um trabalho de inglês pra fazer... Nessa época eu esperava a música tocar na falecida rádio cidade pra apertar desesperadamente o rec do aparelho e gravar... aí ouvia e tentava aprender a letra com meu inglês maravilhoso de garota do 5 ano do fundamental. Nada de internet, só revistas, o disk MTV e muito amor. Um amor bem grande sabe, desses que você acorda, se arruma e diz: hoje eu vou linda pra escola, porque eu amo os backstreet boys! E vai que um dia eles vem gravar um videoclip aqui em Olinda e eu tô despreparada.. N-u-n-c-a. Eu não queria saber de five, de westlife, de space girls e tive raiva do justin Tiberlake por algum tempo. Peguei até briga na escola com uma menina mal amada que se chamava Agnes e dizia que Justin era melhor que Kevin. (Ok, depois me rendi ao fascínio de Justin e vi que meu amor era tão grande e histérico que dava pra sobrar pra ele também.)

Ok, vamos ao trabalho de inglês! Eu fiz um video (yes, nessa época eu já brincava de me achar na frente das câmeras) uma apresentação épica, com coreografia feita por mim mesma e mais 4 meninas gordinhas dançando "I want it there way", as backstreet girls. Eu era o Kevin...preto. Tirei 10 claro. Essa ladainha toda é pra falar de sonho, de amor, de sorte de coisas inimagináveis, improváveis e de seres estranhos, no caso isso serve pra mim e pros backstreet boys também! No auge dos meus 11 anos e de toda a minha roedeira amorosa de amor platônico que começou com o Tuxedo Mask, da saylor moon, evoluiu e transferiu-se pro Nick, depois pro Kevin, depois pro Brian...

Uuh muita evolução pra uma adolescente só, mas voltando ao sonho ou a sorte e sendo bem direta ao ponto: ontem, 11 anos depois do inicio de tudo eu me vi frente a frente com eles e tive que conter minha tietagem, afinal "isso não é profissional Thaíse, nem um pouco". Ok, eles entraram e eu fui profissional, mesmo amadoramente deslumbranda, como quem tem 11 anos novamente e se belisca pra acreditar que tá vivendo e não sonhando. Foi o fascínio mais reprimido de todos os que existiram até hoje: em vez do grito histérico, silêncio, em vez da risada abobalhada, seriedade. Profissionalismo babaca, aposto que meio mundo de gente que posou de blasé queria na verdade amarrar uma faixinha na cabeça e cantar bem alto:" as long as you love me" juntos e de mãos dadas.

Mas ok, esse mundo grande é assim mesmo, ao final da coletiva todo mundo se olha e reclama, como faltou estrutura, como fazia calor, como isso e aquilo e eu só pensava em como perfeito tinha sido tudo. Ainda roubei umas caras e bocas de Brian, sim Brian me deu uma atenção diferenciada entre os paparazzis, morri e reencarnei 5 vezes. Morri de novo quando eles cantaram "all i have to give"pra mim! Sim porque foi pra mim(vou acreditar nisso pra sempre) eu estava ali na frente deles, sem saber se filmava, fotografava, só olhava ou me beliscava. Aí eu morri de novo quando o chato e bossal do Nick respondeu ao meu chamado com um beijinho. Ok, ganhei caretinhas de Brian, beijinho do Nick e uma noite insone sem conseguir acreditar em tudo que tinha acontecido. Surpreendente esse negocio de viver...








Olha aí o Brian, eu não disse?

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