segunda-feira, 3 de maio de 2010

Que venha, lave e leve.


Eu sou uma entrega, uma entrega sem fim.
Eu me dou inteira pro mundo, pra chuva, pra felicidade
só não me dou inteira pra mim.

Sou uma entusiasta desmedida,
faço uma força danada pra girar a roda da vida,
e parece em vão...
não?

Como se encontra uma medida que não te limite?
uma medida é sempre um muro
é um embate... Cadê o ar?
faz um furo
pra respirar
menos carbono
e mais ar puro.


E como se vive sempre sufocada?
Como se faz pra continuar subindo
em vez de descer a escada?
É sempre, é muito, é tudo, é fim.
uma extremação ridiculamente insana
Uma tragédia greco-romana...

Sou eu, do lado de dentro, do mundo extranho
do extranho mundo de dentro do peito
que rasga diariamente e se reconstrói diariamente
que grita, que chora e que mente
e depois sorri, assim.

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