segunda-feira, 9 de março de 2009

É culpa da chuva


Hoje eu queria falar meu mundo de coisas, tudo está borbulhando tanto que eu vou falar sobre várias coisas que no final, não serão nada. Como sempre o nada anulando o tudo em minha vida. Eu nunca tinha parado pra pensar no quanto pode ser chato tudo que eu derramo por aqui, no quão desinteressante é eu fazer disso uma extensão do meu coração, que só interessa a mim mesma. Ouvi algo essa semana que soou bonitinho e trágico "poxa, sempre entro no teu blog e não tem nenhum comentário, fico triste por isso, me dá até vontade de criar muitos fakes e comentar muito pra você". Na hora exata foi inevitável não rir, até porque minha pretensão é realmente através daqui, aliviar o tanto de coisa que tenho por dentro, mas fez com que eu me desse conta do porquê de muitas coisas.

Qual a razão de eu tornar pública coisas tão restritas ao meu único e exclusivo interesse? Acho que estou sentindo falta de ter um diário, tive por 7 anos, relatos diários de tudo que eu vivi . Daí fiz uma espécie de substituição por esse blog, criando mais uma coisa inútil na lixeira desse mundo virtual. Acho que é porque eu tenho um mundo virtual, sempre tive, é do meu signo essa necessidade de escapismo. Ou é só minha, não entendo muito de pessoas, nem do mundo, nem de nada.

As vezes eu olho e não sei onde eu , nem o que eu fazendo, nem o porquê, não sou nada que quero, nem nada do que querem, que triste. Acho que é tudo culpa da música que ouvindo agora (intermission - coeur de pirate). Ou talvez seja culpa da chuva, sempre a culpo pela minha tristeza, só que dessa vez não está chovendo, pelo menos lá fora.

Um comentário:

Milton Raulino disse...

A chuva é só água. Por mais triste que seja, é vida. Mas se chove onde não deve (dentro de nós) aí torna-se verdadeiramente lamentável e preocupante. Mas ainda que sufocante, repare como é lindo os pingos d'água que nos protegem, que molham o nosso rosto e o nosso corpo, lavando a alma... Até que chega a tempestade. Causa medo... Mas é necessário pra desmoronar o que é inútil e reconstruir o que aprendemos.
Te amo!